DealflowBR #14 - Estratégia de M&A das Empresas SaaS Brasileiras
Ecommerces em Shoppings, Demissões na Brex e um pouco sobre os protestos e VCs...
Bom dia,
Espero que esteja bem de saúde física e mental nesses tempos complicados e de dificuldade nas Américas, especialmente no âmbito da saúde e social.
Espero que essa turbulência e revolta motive mudanças no comportamento de nossa sociedade e de nossos líderes sobre o que não está certo ou o que é injusto.
Lembro que há algum tempo tinha visto esses gráficos (de 2018). É assustadora a falta de diversidade no mundo de Venture Capital, e apostaria que no Brasil não é diferente. Acredito que nunca é tarde para ler e estudar sobre o assunto, e qualquer iniciativa do nosso meio é válida para tentarmos deixar o nosso ambiente mais igual.
Acima de tudo, Venture Capital é um mercado que busca investir em empresas e sistemas que construirão o futuro, desafiando e alterando o status quo. Para mim, o futuro deveria ser um mundo cada vez mais justo e de oportunidades iguais.
A DealflowBR está aberta, como sempre, por meio desse e-mail, para debater e ajudar iniciativas que possam ser mais inclusivas e que fortaleçam a diversidade.
“Meet your Match” - Conectando com Investidores Japão-Brasil
Hoje o recado e dica é uma iniciativa da Brazil Venture Capital, micro-VC de investidores japoneses que investe em startups brasileiras. Trata-se da “Meet your Match” que, basicamente, conecta empreendedores brasileiros a investidores japoneses e brasileiros. Se você tem interesse em buscar alguma conexão dessa rede, acesse o site e se inscreva no formulário. Clique aqui para acessar.
Estratégia de M&A das Empresas SaaS Brasileiras
Nessa edição o artigo central é sobre M&A de empresas software. Esta semana escrevi um novo texto na publicação da DealflowBR no Medium sobre o racional da estratégia de M&A (fusões e aquisições) usada pelas empresas SaaS da bolsa brasileira.
Esse post foi uma continuação do post sobre “Uma breve análise sobre as empresas de Software da Bolsa Brasileira”, onde analisei um pouco das quatro empresas de software brasileiras com ações em bolsa: TOTVS, Linx, Locaweb e Sinqia.
Nele apresento alguns dados e discuto sobre:
A estratégia de M&A dos grandes players de software do Brasil
Quais os objetivos estratégicos que buscam por meio de aquisicões de empresas
Alguns cases de aquisições por essas empresas
Valuation
Qual o preço que elas estão pagando nas transações de M&A
Por que o múltiplo das empresas adquiridas é pelo menos a metade do valor precificado a elas pelo mercado
Como o M&A adiciona valor ao acionista (M&A Accretion)
Uma imagem com os múltiplos de valuation pagos para servir de spoiler para o artigo:
Curtas
Ecommerce via Shopping Centers
Comentei na última edição sobre o boom dos ecommerces que, em razão do isolamento social, trouxe mudanças no comportamento de compra dos consumidores e novos modelos de negócios de grandes empresas. Agora, as empresas de shopping centers também anunciaram parcerias para entrar nesse mercado.
Por exemplo, o Shopping Eldorado, em São Paulo e o Nova América, no Rio de Janeiro, fecharam parceria para colocar as suas lojas dentro de uma página exclusiva na Amazon.
Já a BrMalls, empresa dona de mais de 30 shopping centers brasileiros, acabou de anunciar também uma parceria com a B2W, empresa de ecommerce e marketplace. Segundo a matéria, mais de 6 mil lojas localizadas nos shoppings da BrMalls poderão vender produtos nos sites da B2W (Americanas.com, Submarino e Shoptime). O envio e a retirada dos produtos serão operados pelos próprios lojistas com serviços de “Ship from Store” (entrega a partir da loja no mesmo dia no endereço desejado) e “Click and Collect Now” (sortimento e estoque de cada loja).
O Leo Ferreira, gerente de inovação da Faber-Castell e host do Empreendacast, fez um post interessante no LinkedIn sobre as diferentes formas que os shopping centers poderão tomar daqui para frente.
A Brex, Unicórnio Fundada por Brasileiros no Vale do Silício, Demitiu 15% do seu Quadro de Funcionários
Queria fazer dois comentários sobre essa notícia que me chamou a atenção.
Primeiro, os fundadores da Brex, como o AirBnB, escreveram uma carta com o racional da demissão e as iniciativas, até aí já corriqueiro para essas startups.
O interessante é ver na carta o suporte e, na medida do possível, a forma justa da demissão. Nesse ponto, o que me chamou a atenção foi a aceleração do vesting de ações para os funcionários que sairão com mais equity do que teriam direito na demissão.
Segundo, um pouco mais complicado, é que as startups unicórnios pareciam que estavam realmente inchadas ou com um foco disperso.
A Brex havia reportado em maio de 2020 que levantou US$150 milhões no caso da recessão econômica ser extensa. Agora, menos de um mês depois, com essa demissão, foi dito pelo CEO e Co-fundador que as demissões foram para “alinhar nossas prioridades com a nova realidade”.
O AirBnB também havia levantado cerca de US$ 1 bilhão em dívidas e, pouco tempo depois, demitiu cerca de 25% do quadro de funcionários. No Brasil, a Stone demitiu cerca de 20% do quadro e, poucos dias depois, anunciou algumas aquisições e investimentos em startups.
Os VCs Ainda Estão Investindo?
Artigo de Christoph Janz, da Point Nine Capital, analisa, com dados do Crunchbase, a atividade dos VCs em abril e maio de 2019 vs. 2020. Em geral, o montante de investimento diminuiu, mas o que impressiona é que investimento em empresas SaaS disparou na comparação ano a ano. Link para o artigo.
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