DealflowBR #43 - Quem são os SuperFounders
E mais, Cloud Economics e uma Análise das Empresas SaaS da B3, Como o VC Olha pro Pitch Deck, Diferenças de Consumo na China vs. EUA, Bitcoin nos balanços e mais...
DealflowBR é uma newsletter pessoal de colaboradores, enviada quinzenalmente, sobre Startups, Venture Capital e Investimentos em Tecnologia, em que ~80% é uma curadoria de conteúdo que tenho lido e ~20% são análises próprias, insights e outros devaneios.
Bom dia,
Mais uma edição em sua caixa!
O que esperar dessa edição:
Da Astellla: Um playbook de SaaS e uma profunda análise de valor das empresas SaaS da B3, na Carta Trimestral da Gestora de Fundos de Ações SFA Investimentos
Da Astella: Como o Venture Capital - no caso a Astella - processa as informações de um pitch deck
Quem são os SuperFounders?
As diferenças entre consumidores Chineses vs. consumidores do Ocidente (EUA e Europa)
Bitcoin nos balanços das empresas
Se gostar dessa edição, não deixe de enviar para seus amigos e parceiros também lerem.
Se quiser compartilhar para alguém ou em grupos via WhatsApp, clique no botão abaixo…
Cloud/SaaS Economics
Nos últimos meses, colaboramos para a construção da Carta trimestral da SFA Investimentos, gestora brasileira de fundos de ações.
A partir de conversas entre Edson Rigonatti e eu, como Venture Capital, e a equipe da SFA, como investidores de empresas listadas, discutimos sobre a construção de valor em empresas de Cloud/SaaS, que acabou culminando em um material de análise bem amplo e profundo do mercado de SaaS no Brasil.
Dividimos a carta em duas parte. Primeiro, nós da Astella, escrevemos sobre os principais fundamentos do Cloud Economics. É interessante que, como trazemos na Carta, as empresas de cloud podem ser claramente vistas como um sistema de várias máquinas e, graças a extensa número de referências bibliográficas sobre métricas e suas boas práticas de SaaS, é possível conectar o investimento em empresas do Cloud Economics com alguns conceitos do Value Investing. A partir disso, listamos referências de análise e geração valor de empresas SaaS na ótica de um Venture Capital.
Na segunda parte, a partir dessas referências, a equipe da SFA fez um belo estudo sobre as empresas SaaS da B3 - TOTVS, Locaweb, Neogrid, Sinqia e Linx - com um olhar das diversas métricas de SaaS, entre elas eficiências, crescimento e análises de unidades de valor.
Por exemplo, gostei muito da análise do Magic Number, que mede basicamente a eficiência de vendas dessas empresas, e, em seguida, compara aos benchmarks internacionais para entender a relação de valuation:
Como um VC analisa um Pitch Deck
Existem muitos artigos de como construir um pitch deck para captação de investimento, mas poucos sobre como um investidor de fato analisa e processas as informações contidas nele.
Nesse texto, o Marcelo Sato, sócio da Astella, descreveu como olhamos para um pitch deck baseado nos quatro grandes blocos dos vários critérios de investimentos da Astella, que são: Pessoas, Mercado & Indústria, Empresa & Oferta e a Estrutura & Potencial da oportunidade.
O texto traz muitos insights do racional de investidor quanto às informações que convencionalmente já é apresentada e outros framework que usamos para analisar empresas.
Para quem ainda tem dificuldade de pensar como apresentar um slide do deck, nesse site há mais 1.200 slides de pitchs de empresas famosas, separados por assunto como produto, problema, GTM etc… Para esse e outras referencias de Pitch Deck, você pode encontrar na biblioteca da DFBR.
Quem são os SuperFounders
Um dos artigos mais clicado da última edição foi o texto da Magma Partners sobre os fundadores de Startups Subestimados versus “Status Elite”. Trazendo uma análise com dados de mais de 3.000 empreendedores, o livro “SuperFounders”, que será lançado nesta semana, tem me chamado a atenção pois deverá clarificar qual o perfil dos fundadores de empresas bilionárias.
Nas últimas semanas, o autor do livro compartilhou alguns artigos com diversas de suas pesquisas e insights do livro, alguns controversos e outros bem interessante, que me chamaram bastante a atenção.
No primeiro artigo, ele mostra que 60% dos SuperFounders não são de primeira viagem(first-timers) , porém, destes, 70% tiveram exits pequenos - de cerca de US$ 10 milhões - em jornadas anteriores, como foi o caso dos fundadores da Calm, Opendoor e Clubhouse.
Dessas informações, o autor deixa a mensagem que não é para desencorajar os fundadores de primeira viagem, já que 40% é um número alto. Além disso, encoraja os empreendedores que já tentaram e falharam a empreender de novo já que, de acordo com o dados, as chances aumentam quando têm experiências passadas como empreendedor.
No segundo artigo, ele traz dados dos SuperFounders para desmitificar ou comprovar algumas crenças, entre elas:
“Você precisa de um cofundador técnico” 🤔
“Você precisa conhecer o problema pessoalmente ou ter trabalhado no mercado”🤔
“Ir atrás de um grande mercado importa”✅
“Analgesico é melhor que vitamina”✅
“As startups bilionárias ajudam o cliente a economizar dinheiro e tempo”✅ :
Consumidor do Ocidente (EUA e Europa) vs. Oriente (China)
Muito se discute sobre as diferenças de consumo na China, em relação a nós no Brasil, ou Estados Unidos e Europa. Esse artigo, de uma consultoria chinesa, apresenta um compilado de análises dos hábitos de consumo da China vs. Países do Ocidente, e trazem alguns insights que me chamam bastante a atenção. Alguns deles:
O consumidor dos EUA ou Europa tende a fazer menos compras e maiores no supermercado, ao contrário do consumidor da China que compra mais vezes durante a semana, em busca de produtos mais frescos. Por isso, Walmart e Costco são tão populares nos EUA, e na China são pequenos mercados e lojas de conveniências que recebem maior tráfego.
O chinês tem, geralmente, uma maior satisfação em fazer compras, e liga menos para o valor pago que os povo americano. O chinês se importa mais com a experiência da compra e o americano se preocupa mais pelo valor pago pelo produto.
75% dos consumidores online chineses postam feedback de produtos uma vez ao mês. Nos EUA, apenas 20% dos americanos tem esse hábito.
Bitcoin nos balanços
Nos últimos dias, o grande assunto em volta de bitcoin foi a declaração de Elon Musk de suspender a possiblidade compra de carros da Tesla por meio de Bitcoin pois acredita que a geração de energia para mineração da criptomoeda é ambientalmente insustentável, o que causou grande volatilidade na criptomoeda.
Mas o que quero mergulhar um pouco é o quanto as empresas estão apostando em Bitcoin. Neste artigo, o autor traz um compilado das movimentações de Bitcoin nas tesourarias de empresas.
Ele cita que o amadurecimento da criptomoeda e da aceitação dentro de registros contábeis e balanços traz boa indicação da escala do interesse de instituições para entender a oferta e demanda do bitcoin.
Por aqui, na América do Sul, o Mercado Livre anunciou nos resultados do primeiro trimestre de 2021 que adquiriu US$ 7.8 milhões em bitcoin para deixar em tesouraria como uma das varias apostas.
A Tesla é segunda maior posições de Bitcoin, de acordo com o monitoramento acima. Porém, na última semana, algumas fontes disseram que empresa do Elon Musk estaria se desfazendo da criptomoeda no balanço. Aguardaremos cenas dos próximos capítulos.
O que mais temos lido de interessante
Macro
O que é Crescimento Econômico? E por quê é tão importante? - Our World in Data
Para Empreendedores e Startups
Seis tipos de Product-Market-Fit - Founder Collective
O grande embaralhamento de talentos de 2021 recomeçou. Por que nos próximos 6-12 meses será a melhor época de contratar para Startups - Hunter Walk
Algumas notas sobre fundraising - Continuations
Venture Capital
Venture Capita está mudando…de novo (Video) - Keith Teare
Salário médio dos CEOs de grandes empresas SaaS - Sammy Abdulah
Se gostou, não esqueça de encaminhar essa edição para seus amigos e parceiros.
Se quiser compartilhar via WhatsApp, clique no botão abaixo…
Boa semana!
Abraço,
Guilherme Lima (sobre mim)
Nas mídias sociais: Twitter | LinkedIn | Medium | Instagram
Com colaboração de Isabella Passos | LinkedIn | Elas&VC e Alan Bermanzon | LinkedIn